Presidente fala de polêmicas e lamenta agressões
São Bento do Sul – Diferentemente do que se assistiu em outras ocasiões de polêmicas envolvendo vereadores, a Sessão Ordinária, ocorrida na noite de segunda-feira (01), que abriu os trabalhos legislativos de 2022, teve um tom de cautela. Os vereadores notadamente evitaram críticas no estilo “jogar para a torcida” preferindo a prudência e o uso das atribuições legais para cada caso. A compra de um veículo novo para a Casa e as investigações da Polícia Civil foram dois dos assuntos mais falados na Palavra Livre.
Em se tratando de uma primeira Sessão Ordinária, a pauta de trabalho estava praticamente vazia, restando a leitura e encaminhamentos de matérias que deram entrada nesta semana para apreciação posterior. Restou então aos nobres o uso da Tribuna a fim de tratar alguns assuntos.
O destaque ficou para a presidente da Câmara, vereadora Carla Hoffmann (PSD) que comentou sobre todo embasamento legal na compra de um novo veículo para ficar à disposição dos vereadores. “Tudo foi feito de maneira transparente como exige a lei de licitação. O processo ficou à disposição tanto dos vereadores como do cidadão comum, assim como todos os processos de aquisições para o Poder Público”, disse.
Agressões por trás da tela
A presidente usou uma parte do tempo em sua fala para lamentar e alertar a população acerca dos comentários postados em redes sociais e a forma como algumas pessoas se dirigem a outras, sendo autoridades ou não. “Presto minha solidariedade a cada vereador, por muitas vezes somos medidos pela régua de quem fala. Quando dizem que somos venais, que nos vendemos, ou que só falam bem de nós quando pagamos, o que se aplica à imprensa também atacada, essa é a forma que essas pessoas que atacam têm de agir na sua vida cotidiana. Tudo é feito conforme chamamento público, aberto e colocado à disposição do público, inclusive com a prerrogativa de discutir alguns critérios. A imprensa, sem sombra de dúvida, será ao lado do Executivo, Legislativo e Judiciário um pilar da democracia”, disse.
Carla ainda lamentou a forma como ela e outros vereadores foram agredidos nas redes sociais, onde várias manifestações de educação ou conduta questionável, dando atribuições pejorativas à presidente inclusive com agressões com sua família. “Xingaram até minha mãe pelas redes sociais. Comentários infelizes jamais vão representar a verdadeira liberdade de expressão. Algumas colocações somente revelam o caráter do autor, ou autora, que posta tais comentários. Repito que essas agressões mostram que o autor está medindo os outros com a régua com a qual é medido”, segue.
Para finalizar a fala sobre as agressões, Carla destacou que algumas pessoas, que promovem o bate-boca e agressões por trás de um computador, já teriam passado pelo menos quatro anos “pendurada em cargos públicos” recebendo mensalmente em torno de R$ 8 ou R$ 9 mil, fazendo serviços que poderiam ser realizados por estagiários. “Receberam mais de R$ 400 mil por ano para não fazer nada que deixasse um diferencial positivo para a cidade e agora utilizam as redes sociais para atacar as pessoas”, completou.
Caso Peschiski
A presidente seguiu a mesma linha dos demais vereadores, deixando claro que ninguém ainda teve acesso aos primeiros resultados das investigações e que somente poderá se pronunciar quando isso acontecer. “Temos as investigações sendo realizadas pela Polícia Civil. Após isso é que poderemos nos manifestar para a providências cabíveis ao Legislativo”, pontuou.
Foto: Luzardo Chaves/O Jornaleiro