Adolescente leva remédio controlado para a escola, e colega vai parar na UTI
Jaraguá do Sul – A Polícia Civil investiga um caso grave registrado em uma escola do bairro Santo Antônio, em Jaraguá do Sul. Um aluno levou Risperidona, medicamento utilizado para tratar esquizofrenia e transtorno bipolar, e deu para os colegas, O caso aconteceu no último dia 4 de outubro. Um dos adolescentes, de 12 anos, chegou a passar mal e foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Jaraguá, mas ganhou alta e passa bem.
O caso veio a tona somente nesta semana. Segundo a delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), Roberta Franco França, a mãe do menor que foi internado procurou a Polícia Civil nesta semana. Com o relato feito pela genitora, Roberta instaurou um procedimento para apurar mais informações.
“Ela passou que o filho dela, de 12 anos, foi obrigado por outro adolescente a tomar sete comprimidos do medicamento que havia levado para a escola. Além dele, outros três adolescentes também teriam sido obrigados a tomar o medicamento. Só que a quantidade que esses outros três tomaram foi menor”, conta a delegada.
“Pelo que ela disse, o filho dela teria tomado sete comprimidos. Um segundo adolescente teria tomado um, o outro três e um quarto dois comprimidos. Então, a princípio, pelo que ela falou, só o filho dela que teria passado mal a ponto de terem que chamar o socorro”, completa.
O jovem acabou passando mal e a Unidade de Suporte Básico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada. Ao chegar no Pronto Atendimento Infantil do Hospital Jaraguá, o adolescente foi internado na UTI.
A delegada ressalta que a apuração está na fase preliminar, ou seja, diligências serão feitas pela equipe de investigação. Além de depoimentos, a equipe de investigação vai pedir informações sobre o prontuário do adolescente e também exames periciais. Roberta afirma que a situação serve de alerta para os pais dos estudantes.
“Os pais precisam olhar a mochila e estar atentos a qualquer coisa estranha que a criança ou adolescente esteja fazendo. Porque é um risco não só para o próprio filho, mas para outras crianças”, finaliza.
Fonte: OCP News
Foto: Fábio Junkes/OCP News