Operação histórica contra comércio ilegal de animais é feita em SC, PR e SP
Dezesseis cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo foram alvo de 27 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de praticarem crimes ambientais, entre eles maus-tratos e comércio ilegal de animais silvestres e exóticos. A operação deflagrada nesta quarta-feira (28) é a maior da história da Polícia Militar Ambiental (PMA) de Santa Catarina.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os suspeitos capturam e comercializam ilegalmente animais silvestres e exóticos de diversas espécies do estado de São Paulo em Santa Catarina e Paraná.
Além disso, os animais são mantidos em péssimas condições de depósito, transporte e cuidados, sendo que foram identificados eventos de maus-tratos e até mortes de diversas espécies, o que serviu para justificar as ordens judiciais expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Joinville que foram cumpridas nesta quarta-feira.
Conforme a PMA, até agora já foram identificados os crimes de organização criminosa, maus-tratos, comércio ilegal e receptação, além das infrações administrativas ambientais. Ao longo da operação, outras ilegalidades podem ser identificadas.
No Estado de Santa Catarina, os mandados estão sendo cumpridos ao longo da manhã desta quarta-feira (28) em Araranguá, Balneário Camboriú, Barra Velha, Blumenau, Itajaí, Joinville, Navegantes, Palhoça, Penha, Santo Amaro da Imperatriz e Timbó.
Em SP, a ação acontece nas cidades de Arthur Nogueira, Diadema, São Paulo e Sorocaba, além de Curitiba, no Paraná.
Batizada de Operação Axolote, a ação teve início após uma ocorrência atendida em 2022 pela PMA de Joinville. Junto com as atividades de inteligência foi possível identificar os crimes que desencadearam na operação que contou também com oficiais do Gaeco e o Ministério Público. A PMA deve apresentar um balanço da operação ainda nesta quarta-feira (28).
A operação leva este nome em referência ao “axolote”, um anfíbio endêmico dos lagos do México, que foi avistado durante as investigações. Este animal, conhecido por sua capacidade única de regenerar membros e até partes do cérebro, simboliza a resiliência e a renovação, características que se alinham aos objetivos da operação, aponta o Gaeco. Atualmente, está criticamente ameaçado de extinção devido à poluição, perda de habitat e introdução de espécies invasoras em seu ambiente natural.
Fonte: NSC
Foto: Gaeco/Divulgação/NSC