Santas Casas defendem aprovação de projeto que cria conta específica para os repasses do SUS

 Santas Casas defendem aprovação de projeto que cria conta específica para os repasses do SUS

Nacional – As Santas Casas defenderam nesta terça-feira (13), na Câmara dos Deputados, a aprovação de proposta que cria conta corrente específica para repasses federais e de emendas parlamentares para pagamento de prestadores privados na saúde.

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 57/22 deverá ser analisado nesta noite pelo Plenário da Câmara, disse o deputado Antonio Brito (PSD-BA), autor da proposta, durante seminário promovido pela Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas. Para virar lei, o texto tem de ser aprovado também pelo Senado.

“O presidente Arthur Lira (PP-AL) e os líderes já concordaram”, afirmou Brito, presidente da frente parlamentar. “O projeto passou por três comissões e está pronto para pauta. Precisamos que a vontade dos parlamentares seja respeitada”, continuou.

O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Mirocles Véras, explicou que, pela regra vigente, os recursos de emendas hoje são repassados a fundos municipais e estaduais.

Assim, em alguns casos, os recursos acabam não chegando às reais destinatárias das emendas. “Com a mudança, se o prefeito não quiser repassar o dinheiro para a Santa Casa escolhida pelo parlamentar, terá de devolver o montante à União”, completou.

Mudança na lei

Para criar a conta corrente, o PLP 57/22 altera a Lei Complementar 141/12. Essa norma trata, entre outros pontos, dos valores mínimos anuais a serem aplicados na saúde pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.

“A ideia é aperfeiçoar os repasses de recursos aos entes federativos, promover a transparência e melhorar a gestão”, comentou Antonio Brito. Segundo ele, hoje quase 3 mil entidades filantrópicas atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).

Reajuste na tabela

Durante no seminário, a CMB cobrou ainda a garantia de dotações orçamentárias para cumprimento da Lei 14.820/24. Essa norma determina a revisão anual dos valores de remuneração dos serviços prestados ao SUS pela rede complementar.

“O reajuste que acontecer no orçamento do Ministério da Saúde, ou pelo menos a inflação, deveria naturalmente passar para os nossos contratos, por meio dessa lei”, explicou Mirocles Veras. “Estamos aguardando uma portaria”, continuou ele.

Segundo a CMB, suas 19 federações estaduais e mais de 1,8 mil instituições sem fins lucrativos representam atualmente mais da metade dos atendimentos totais do SUS. De hoje até quinta-feira (15), em Brasília, a entidade realizará seu congresso anual.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Foto: Reprodçaõ/Câmara dos Deputados

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