CHICÃO SOLTA O VERBO: “Candidatos que saem ‘vendendo ruas’ em campanha deveriam ser presos”
São Bento do Sul – O projeto de Lei 385/2023 de autoria do Executivo são-bentense entrou para primeira discussão na Sessão Ordinária de segunda-feira (10) e, apesar de todos os vereadores se posicionarem favoráveis, foi alvo de críticas.
A líder de governo na Câmara, vereadora Terezinha Dybas (PSDB), fez a defesa do projeto que prevê um financiamento na ordem de R$ 35 milhões junto ao Finisa, via Caixa Econômica Federal para a pavimentação de mais de 50 ruas em São Bento do Sul.
Segundo ela, dependendo do resultado das licitações, mais ruas poderão ser acrescentadas à lista das 50 que já existe. A vereadora falou sobre uma preocupação dos Edis com a capacidade de endividamento da Prefeitura.
Disse ser de conhecimento de todos que as prefeituras podem ter um endividamento de até 120% do seu orçamento e em 30 de junho a de São Bento do Sul estava com apenas 5,64% do total que é permitido. Se, feito o financiamento de R$ 35 milhões, passará a ficar na casa de 12% o que ainda é uma margem muito segura, disse ela.
Sobre o pagamento de uma dívida contraída há quase 20 anos, e que deixou de ser paga, Terezinha informou que a mesma deverá ser paga com precatórios, o que não vai influenciar na saúde financeira de São Bento do Sul que é muito boa no momento.
A maioria dos vereadores se posicionou a respeito do projeto. Todos se manifestaram a favor, porém críticas foram tecidas.
O principal questionamento diz respeito aos critérios de escolha, sendo que, até ruas sem saída e com pouca movimentação foram escolhidas, em detrimento de outras onde há escolas, creches e postos de saúde.
O vereador Adriano Reinhardt (PP), o Chicão, mesmo sendo favorável, criticou principalmente por não ter sido observado o critério do uso da coletividade. Segundo ele deveria ser priorizada a escolha de ruas onde há creches, escolas e postos de saúde.
Ele lembrou de atitudes eleitoreiras de alguns candidatos em época de campanha e soltou o verbo dizendo: “Candidato que ‘sai vendendo ruas’ em tempo de campanha eleitoral deveria ser preso”.
Foto: Arquivo/Divulgação