MUNDIAL DE TRIATHLON: Djenyfer fica entre as 10 melhores do mundo
Canadá – A são-bentense Djenyfer Arnold teve mais uma grande conquista no fim de semana. Ela representou o Brasil no Campeonato Mundial de Triathlon e não decepcionou. Disputando com as melhores do mundo ela chegou na nona colocação.
Segundo a atleta, a prova começou com as distâncias que eram de 300 metros de natação, seguida de 7km de bicicleta e outros 2km de corrida. Parece pouco. Mas o percurso era repetido por 4 vezes para as atletas que chegassem na bateria final. No primeiro dia teve uma prova eliminatória, a qual classificou apenas 30 meninas para o segundo dia. No dia seguinte eram 3 baterias e a cada bateria 10 atletas eram eliminadas e as demais atletas tinham 10 minutos para repetir tudo de novo.
No primeiro dia de prova foi apresentada uma prova diferente, pois virou Duathlon. “Minha modalidade mais forte não ia me ajudar. Mas foquei que queria entrar naquela final. Queria estar junto com as melhores. Consegui classificar para o outro dia e assim já consegui ficar mais confiante e aliviada”, disse a são-bentense.
No dia seguinte a atleta diz ter entrado na prova com objetivo de classificar para segunda bateria, afinal com o avanço já estariam as 20 melhores do mundo. “E nesse dia já começou melhor, tinha natação, voltou a ser triathlon. Fiz uma prova boa, não dei meu máximo, mas em nenhum momento foi fácil. Passei adiante me sentindo bem, o que já fez me sentir ainda mais confiante, sabendo que seria difícil as finais, mas que eu tinha potencial para estar na última bateria, aquela bateria que ia ter apenas as 10 melhores do mundo”, segue.
Ela ainda relata que a segunda bateria começou e as sensações foram boas. Porém depois de uma transição considerada pela atleta como lenta, saiu pra correr na 11° posição. “Quando passei pela comissão técnica e eles começaram a gritar que eu era a 11ª minha cabeça focou apenas no macaquinho verde da australiana que estava na minha frente. Dando tudo de mim consegui ultrapassar a australiana, mas já na sequência comecei escutar uma gritaria dos torcedores, sim, lá vinha uma canadense, atleta da casa, tirando a diferença. Com as pernas já bem fadigadas por dar tudo para buscar a 10ª posição só restava acreditar que eu queria mais que ela entrar nessa final e que eu ia sustentar a posição por mais 500 metros. E consegui”, conta.
Djenyfer classificou com a última vaga para a final. “Foi uma sensação ótima, até cair na água novamente. O peso da última corrida bateu forte e ali me dei conta que já não restava muito. Com a sensação de ter deixado tudo o que eu tinha, conquistei a nona posição no mundial”, resume.
COMEMORAÇÃO
A conquista é significativa para a atleta e para o esporte brasileiro, uma vez que o triathlon, tanto no feminino quanto no masculino, está cada vez mais competitivo e com atletas de vários países do mundo que também contam com clima, apoio e locais apropriados para treinamentos, o que têm levado muitos atletas migrarem para estas provas. O Brasil também está crescendo com maior foco nesta modalidade gerando mais investimentos e atenção.
A são-bentense segue seus treinamentos em ritmo forte e se prepara para as provas e desafios do segundo semestre de 2022.
Informações e foto: Divulgação