Mais um prefeito preso na Operação Mensageiro é alvo de pedido de impeachment
Ibirama – A Câmara de Vereadores de Ibirama recebeu nesta semana um pedido de impeachment do prefeito Adriano Poffo (MDB), preso em abril deste ano na quarta fase da Operação Mensageiro. A investigação apura suposto pagamento de propina a agentes públicos em troca de vantagens ilícitas em contratos para coleta de lixo.
O documento elaborado por um advogado da cidade foi entregue aos vereadores na tarde de segunda-feira (14).
O presidente da Câmara de Ibirama, Fernando Jost (MDB), afirma que o pedido já foi protocolado e disponibilizado aos 11 vereadores. Agora, os parlamentares se reúnem em sessão extraordinária para deliberar se o pedido deve ou não ser analisado.
— Chamaremos de um pequeno dever de casa, de fazer um estudo minucioso desse documento, para analisar mais de 200 páginas, embora seja humanamente impossível ler algo tão minucioso em tão pouco tempo, mas de qualquer forma é o tempo que o regimento nos dá, para fazermos a votação para aceitação ou não do pedido — afirma.
Caso o início da tramitação seja aprovado, uma comissão com cinco representantes deve ser criada. Se os vereadores rejeitarem o pedido, o tema é arquivado.
O pedido defende a perda de mandato de Adriano Poffo com base nas informações da denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
A defesa do prefeito divulgou nota em que afirma estar confiante de que o pedido não será recebido pela Câmara de Vereadores de Ibirama e defende que o texto se baseia em “suposição extraída apenas da denúncia do Ministério Público”, desacompanhada de quaisquer provas”.
Entenda a Operação Mensageiro
A Operação Mensageiro apura um suposto esquema de pagamento de propina a prefeitos e outros agentes públicos em troca de vantagens em contratos de coleta de lixo em cidades de SC. O Ministério Público descreve o caso como possivelmente o “maior escândalo de corrupção de Santa Catarina”.
A operação já prendeu preventivamente 16 prefeitos de cidades de SC. Imagens dos investigadores flagraram encontros entre um empresário apontado como o responsável por entregar dinheiro a agentes públicos e secretários de municípios. Segundo a investigação, o esquema teria movimentado até R$ 100 milhões em propina e gerado lucro indevido à empresa pivô do escândalo de mais de R$ 400 milhões.
Fonte: NSC
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