UFSC e Lacen se esforçam para achar origem da epidemia de diarreia em SC
Estadual – O Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina) apura o agente responsável pelo aumento nos casos de diarreia em cidades de Santa Catarina.
Conforme a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), as amostras enviadas pelas cidades serão processadas pelo Lacen, para identificar o agente e entender o perfil epidemiológico da doença no estado. Será realizada a coleta de três a cinco amostras por semana em cada município.
Na última sexta-feira, técnicos do órgão se reuniram com representantes da Saúde dos municípios para discutir o cenário e estratégias de vigilância diante do crescimento de casos, buscando obter mais informações sobre os sintomas apresentados pelos pacientes, além de definir detalhes da coleta de amostras para a identificação dos agentes.
De acordo com Gislaine Fongaro, professora do do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, dentre os fatores que cooperam para a propagação do vírus estão: áreas com baixo ou saneamento reduzido; valas de esgotamento sanitário ilegais, aumento da população durante o veraneio e aumento das temperaturas.
Ela também alerta sobre comportamentos que podem causar a doença: “a ingestão de água, gelo ou de alimentos contaminados, de procedência desconhecida; consumo de carnes, pescados e/ou marisco crus ou malcozidos; alimentos sem conservação necessária; banhos em águas de praias impróprias/poluídas; contato direto com uma pessoa doente; e falta de higiene, como a lavagem frequente das mãos” disse a professora.
Orientações para evitar a contaminação
Lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel, especialmente antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular e preparar alimentos, amamentar e tocar em animais;
Beber bastante água desde que seja filtrada, tratada ou fervida. Não consumir água sem saber a procedência;
Não utilizar gelo de procedência desconhecida;
Não consumir alimentos fora do prazo de validade, mesmo com boa aparência;
Alimentos deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados, não devem ser consumidos;
Não consumir alimentos em conserva se as embalagens estiverem estufadas ou amassadas;
Evitar o consumo de alimentos crus ou malcozidos, principalmente carnes, pescados e mariscos, ou de procedência desconhecida;
Embalar adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira;
Não tomar banho em águas de praias impróprias/poluídas;
Higienizar frutas, legumes e verduras com solução de hipoclorito a 2,5% (diluir uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água por 15 minutos, lavando em água corrente em seguida para retirar resíduos);
Lavar e desinfetar superfícies e utensílios usados na preparação de alimentos.
Fonte: ND+
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