Com DNA de campeão menino de 11 anos é prodígio na capoeira
Jaraguá do Sul – Estudar, brincar, conviver com a família e com os amigos. Essa é a vida de muitas crianças com 11 anos de idade. Só que além de fazer tudo isso, Pedro Henrique Batista Ramos tem tido uma rotina pesada, que envolve treinos, competições e principalmente conquistas na capoeira.
Apesar da pouca idade, o menino jaraguaense carrega uma trajetória de gente grande, com conquistas a nível nacional, como bicampeonato do Brasileiro e Sul-Brasileiro, e até internacional, com pódios no Mundial e Campeonato Europeu.
Tamanho destaque pode se explicar pelo DNA. Afinal, Pedro é filho de Emanuella Kluch e Jeferson Batista Ramos, o Milico, professor conhecido na cidade e com 27 anos dedicados a arte marcial. Tanto que até recebeu o apelido de Miliquinho.
Desde muito pequeno, ele acompanha o pai em eventos e começou a praticar capoeira quando tinha apenas 2 anos de idade. “Um dia peguei minhas roupas para dar aula e ele falou que iria junto, porque gostaria de treinar com o grupo dos pequenos. Ele foi e acabou ficando”, disse Milico.
O crescimento foi natural e o garoto passou a despontar nos campeonatos. Não somente pela genética, mas fruto de muita dedicação. Atleta do Grupo Muzenza, Miliquinho treina de três a quatro vezes por semana, faz musculação dois dias e ainda joga futebol para ter uma atividade extra.
“É um menino muito dedicado, que treina muito e é focado. Muitas vezes estamos em casa, ele ‘some’ e quando vejo está na garagem com uma música e treinando sozinho. São poucas crianças que tem essa visão de um adulto e atleta para treinar”, conta o pai.
O talento gera a expectativa de feitos grandiosos na capoeira. E segundo Milico, o filho tem toda capacidade de alcançar dois dos maiores sonhos de quem pratica o esporte.
“O auge de um capoeirista é se tornar mestre. Estou buscando a minha há dois, três anos e logo acredito que chego lá. Todo atleta, assim como o Miliquinho, sonha em ser mestre e campeão mundial. E ele tem muito talento para alcançar o que quiser na capoeira”, destacou.
Foco no Mundial
Até o fim do ano, Pedro tem dois compromissos importantes, entre eles, o Campeonato Catarinense no mês de novembro. Mas o principal foco do jaraguaense está em janeiro de 2023, quando voltará a disputar o Mundial de Capoeira, que será em Curitiba (PR).
O título já esteve próximo em três oportunidades e a expectativa pela conquista tem tudo para terminar no ano que vem. Em 2022, Miliquinho subiu para categoria até 12 anos, vem dominando o ranking nacional na primeira colocação e aparece como franco favorito para ganhar o Mundial.
“Estamos treinando e preparando ele para ser campeão. Ele vem se destacando nos campeonatos e é um menino prodígio”, disse Milico.
Fonte: ocpNews
Foto: Lucas Pavin/Avante! Esportes