Bebê morre em hospital e Saúde investiga se óbito tem relação com falta de leitos de UTI
Florianópolis – Uma bebê de dois meses morreu no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, na madrugada de sábado (11), após ter três paradas cardiorrespiratórias. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou o óbito e informou que investiga se há relação com superlotação da unidade.
No hospital, todos os 29 leitos de UTI pediátrico e neonatal estão ocupados, de acordo com dados da SES.
Em âmbito estadual, a taxa de ocupação de UTIs pediátricas é de 98,92%. Em relação aos leitos neonatal, todas as 173 vagas no Estado estão ocupadas. Há 17 crianças e bebês na fila de espera em Santa Catarina.
Em nota, a SES informou que está investigando o caso e que não há confirmação, no momento, de que o óbito tenha sido causado por superlotação.
Já o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) comunicou que não recebeu informações sobre o caso, mas disse que acompanha a situação das UTIs neonatal e pediátrica no Estado através de um inquérito civil.
A instituição afirmou ainda que está em contato contínuo com as unidades para que haja agilidade no atendimento e na colocação das crianças em leitos quando necessário.
Superlotação
Segundo a SES, nove crianças seguiam em busca por leito de UTI pediátrica SUS na manhã desta segunda-feira. Em relação aos bebês, havia oito pacientes aguardando transferência no período.
Há também nove pessoas na fila para leito de UTI adulto nos hospitais de referência do Estado, sendo quatro deles têm problemas relacionados a doenças respiratórias. Por causa da superlotação, o governo decretou situação de emergência na saúde em 3 de junho.
Nota da SES
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que investiga as causas da morte de um bebê registrada no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Até o momento, não há qualquer confirmação de que o lamentável fato tenha ocorrido em decorrência da não transferência do paciente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A situação está sendo averiguada junto à unidade hospitalar para entender a situação clínica do recém-nascido desde a entrada no hospital até o momento do óbito.
Assim que os fatos forem devidamente apurados, a SES emitirá nota oficial sobre o caso”.
Fonte: G1
Foto: Tiago Ghizoni