Volta às aulas: pais e responsáveis devem ficar alertas à Síndrome mão-pé-boca

 Volta às aulas: pais e responsáveis devem ficar alertas à Síndrome mão-pé-boca

Surtos da doença são registrados desde o fim do isolamento social; Diretora médica do Ghanem dá dicas de como evitá-la.

Joinville, fevereiro de 2022 – Escolas de vários estados do Brasil registraram aumento nos casos da Síndrome mão-pé-boca no fim de 2021 e o estado de Santa Catarina também registrou aumento na transmissão da doença. Em outubro, oito escolas de Chapecó (oeste catarinense) foram afetadas pelo alto contágio do vírus, com mais de 60 crianças afastadas. Com o avanço da vacina contra a covid-19 e o retorno às atividades presenciais, os alunos ficam mais vulneráveis a outras infecções virais. Para que os pais tomem os cuidados necessários para evitar transmissões no início do ano letivo de 2022, que em Santa Catarina está marcado para 7 de fevereiro, a diretora médica do Ghanem — unidade de medicina diagnóstica da Dasa, maior ecossistema de saúde integrado do país — Myrna Campagnoli, esclarece as principais dúvidas sobre a doença:

O que é a Síndrome mão-pé-boca?

MC: a síndrome é uma infecção viral causada, principalmente, pelo vírus Coxsackie. Esse vírus é comumente encontrado no sistema digestivo e acomete, na maioria dos casos, crianças de até cinco anos, mas também pode infectar adultos.

Como a doença é transmitida?

MC: A transmissão do Coxsackie é dada via fecal ou oral, por meio do contato da saliva, fezes e outras secreções da pessoa infectada. Objetos e alimentos contaminados também são um meio de transmissão. Vale destacar que o paciente pode transmitir a doença por até quatro semanas mesmo depois da recuperação.

Quais são os principais sintomas?

MC: Os primeiros sintomas da Síndrome mão-pé-boca são febre alta e aparecimento de lesões nas palmas das mãos, lábios e solas dos pés. Essas lesões consistem, geralmente, em pequenas bolhas e manchas avermelhadas, que podem se transformar em úlceras doloridas com o avanço da doença. Falta de apetite, mal-estar, vômitos e diarreia também são sintomas comuns.

Como evitar e tratar a doença?

Não existe vacina contra a Síndrome da mão-pé-boca, por isso os cuidados preventivos são muito importantes: a higiene das mãos é essencial para reduzir o risco de infecção, assim como não usar objetos que entram em contato com a boca de outras crianças, principalmente aquelas com sintomas.

Crianças já diagnosticadas com a doença devem ser afastadas do convívio com outras até que se encerre o tratamento e o período de transmissão. O tratamento deve ser orientado por um médico e tem como objetivo aliviar os sintomas. Ele consiste em administração de antitérmicos, anti-inflamatórios e pomadas para aliviar as dores e coceiras das feridas.

Conteúdo: Mariana Paschoal

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